terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Real


E é nisto onde me insiro…
Seja bem-vinda a hipocrisia
Sem meios que não justifiquem os fins
Consumismo,
Individualismo.
Uma sociedade rotulada de perfeita
Com tanta imperfeição mascarada
Com sorrisos amarelos.
Dignidades viciadas,
Personalidades indeterminadas
Uma espécie humana
Em espécie de pessoas.
E entretanto
Enquanto uns vivem a rir
Outros sorriem para sobreviver.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

eu bem que tento...



Marcas do passado que marcaram e ainda marcam... neste presente no qual não tenho a certeza da minha presença. Alegadamente sentes o que não fazes sentir. És a confusão em pessoa, a indefinição bem definida.
Custa-me perceber palavras que saem para dentro, e suspiros que tanto podem ser de cansaço como de alivio.
Tento pensar com a tua cabeça... chego a conclusões atrofiantes. Como é possível encontrar tanta saturação numa só vida?
Se calhar até te percebo... mas não percebes que com tudo isto só te enganas a ti?
Mas ser forte e erguer a cabeça, são focos para onde agora direciono a minha atenção.
Quero ser fiel a mim mesma.
Contigo?...
Não sei!...
Mas a certeza é que "felicidade" e "abstração" serão palavras a constar, daqui para a frente, no topo do meu dicionário.
-.-

domingo, 12 de fevereiro de 2012


Escrevo
Entre letras, palavras e pontuações
Formo versos.
Esmiúço o mundo,
Apaziguo a minha alma
Recrio sentimentos,
Inovo sensações,
Transfiguro a realidade
Tornando-a quase perfeita.
Escrevo!
Escrevo porque me faz bem,
Porque me liberta,
Porque me faz emergir
Ao cume do meu viver.
Palavras, gestos…
Turbilhões de horas.
(resumidas em páginas)
Faço regredir ao nada
Os “nada” de outrora.
Aproveito tudo.
E escrevo!




quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Um dia destes...

Um dia destes
Conto te a historia
Dos momentos exaustivos,
Dos momentos de glória.
Um dia destes…
Quando e se eu ganhar juízo!
Quando olhar em frente
Sem medo do passado
Quando conseguir improvisar
A minha própria história,
A verdadeira!
Um dia destes…
Saberás tudo
Todas as lágrimas,
Derramadas por passos errados.
Um dia destes…
Se o destino me ajudar.
Deixarás o teu desespero ignorante.
Ajudar-me-ás!
Um dia destes…
Quando o meu eu me deixar
Quando conseguir afastar
Os fantasmas do passado.
Quando conseguir viver
Sem fingir que vivo!
Um dia destes…

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Não sei


 Momentos de alivio

Elevados ao expoente da loucura,

A pura definição de contradição.

Horas mortas

Renascidas em virtudes avassaladoras.

Silêncios sábios

E mais que sabidos,

Com veracidade duvidosa.

As paredes em que bati com a cabeça

Deram-me elevada vontade de ser mais.

Infantilidades superadas,

Ou antiteticamente falando…

Ainda não.

Amanhã não sei…

O que conseguirei,

O que farei…

Sobressalto-me de incógnitas

Nesta perfeita ironia onde me insiro

Tento ser fiel a mim mesma

E viver enquanto apenas respiro.