quarta-feira, 14 de novembro de 2012

HORA DE PONTA


Nada de novo.
Mais do mesmo.
Ser alvo de crítica psicológica.
Ver-te como liberdade clandestina.
Sentir adrenalina.
Saber o que quero.
Sentir que queres.
Deixa!
Faz acontecer.
Eu deixo que aconteça!
Emerge.
Ser o fruto proibido.
Ser a bruxa má da fábula.
Constantemente tremendo de prazer.
FAZ ACONTECER!
Estuda-me, testa-me, põe-me a prova, lê-me.
Quero-te sentir bem perto, dentro de mim.
Beija-me.
Faz-me acreditar que somos uma só.
Faz-me esquecer que sou “a outra”.
E num gemido esqueci.
Sou tua, tu és minha.
Ver os vidros embaciados, respiração acelerada, tocar o teu corpo.
Quente.
Beija-me de novo.
Põe-te em mim, deixa acontecer.
Esquece o resto, firme.
Fixa-te no meu olhar.
Olha-me por dentro.
Transparentes.
Quentes.
Tornar o tempo relativo e transcender-mo-nos no espaço.
Pujança.
Consciência.
Perdi o controlo.
Fora da cultura, da sociedade… Mas completa.
Ser um eu diferente.
Sinto-me tão bem.
Hora de ponta esquecida.
Vivida.
Aproveitada.
Não resta nada.
Tomaste-me.